Re: Verity Town

por **Oswald Lothringer** Sáb Nov 02, 2013 9:50 pm

Oswald não acreditava no que acabara de ouvir.

— Mas como algo que faz bem para todos pode ser considerado bruxaria? Isso não faz sentido. – O garoto estava sem palavras.

Ele não duvidava que aquilo estivesse escrito nos papéis, ele acreditou no que Harry disse. Mas ele não aceitava como seu pai e todos os membros do conselho usaram bruxaria e fizeram toda a cidade usar.

por **Jade Sleether** Sáb Nov 02, 2013 9:52 pm

Jade fingiu que não escutou o comentário ignorante do loiro e resolveu esperar por alguma informação. Quando o garoto afirmou sobre as acusações, ela começou a pensar em como isso poderia ter ocorrido.
Esse era um assunto intrigante. Nunca sequer ouviu ou testemunhou seus pais comentarem sobre bruxaria entre eles.

por **Harry Winterwood** Sáb Nov 02, 2013 10:13 pm

— Aqui tem alguns relatórios... - Ele espalhava as folhas na mesa enquanto falava – De como nossos familiares conseguiram as Penas da Lua e o porquê delas evitarem os pesadelos. Parece que tem algum envolvimento com os antigos deuses e os novos deuses de Sinnoh.
Enfim, o negócio não é se fazia bem ou mal pra população... É se a acusação de bruxaria era falsa ou verdadeira. Se olharmos por esses papéis, são verdadeiras. E aí não podemos contestar nada... Nossos familiares estão condenados por uma causa justa aos olhos da Rainha... – Ele continuava a observar as anotações – E tem até instruções deixadas para nós, os herdeiros, sobre como continuar com os costumes dos nossos ancestrais... – Seu semblante era um misto de surpresa e indignação. – Será que somos todos descendentes de um bando de bruxos? E o conselho era um clã de feiticeiros ocultos?
Não sei nem como lidar com essa informação.

por **Oswald Lothringer** Sáb Nov 02, 2013 10:36 pm

— Eu acho que o certo é fazermos o que nossos ancestrais dizem. Apesar de existir a chance de que eles foram bruxos, nós devemos fazer o que eles pedem. E se eles realmente foram bruxos, nós temos um pouco desse sangue bruxo também. – Oswald não sabia muito o que fazer, mas sabia que se as instruções foram deixadas a eles, eles deveriam seguí-las.

O garoto achava todas essas revelações muito suspeitas, não queria acreditar nisso. Mas deveria aceitar tudo, afinal, ele não pode rejeitar o pai dele, ainda mais agora que ele foi preso. Ele não aceitava a prisão, mas as acusações eram verdadeiras e justas, portanto ele não podia fazer nada. Se ele se revelasse ser contra a Coroa talvez ninguém da sua família seria perdoado. E ele sabe que seria muito egoísta fazer algo assim.

por **Jade Sleether** Dom Nov 03, 2013 9:55 am

— Não temos muito o que fazer agora, então talvez seria melhor seguir o que nossos ancestrais pedem. Bruxos ou não, são nossas famílias. — Jade estava um tanto pensativa. Sua expressão dava a entender que não era apenas isso que se passava por sua mente.

Por mais que fosse uma surpresa descobrir sobre as bruxarias, Jade não se preocupava tanto com isso. Pelo contrário, ela estava curiosa para descobrir como os ancestrais de sua família fizeram isso. Teriam eles domado Pokémons?
Esses pensamentos permaneceram na cabeça dela. Ela queria descobrir mais sobre essa tal "bruxaria".

por **Julietta Seaujorn** Dom Nov 03, 2013 1:38 pm

Julietta estava do lado de fora da sala e entra bem no momento em que ouve que todos os membros do Conselho estão sendo acusados de bruxaria justamente. A garota estava com o cabelo todo molhado e com os olhos vermelhos. Ela pega uma das toalhas que está no cabideiro e começa a secar seu rosto e um pouco do seu cabelo.

— Tanto faz se somos descendentes ou não de feiticeiros ou bruxos. Eu quero saber apenas da verdade e o que nossos parentes estavam planejando fazer e o porquê.

Julietta se senta numa poltrona e volta a secar seus cabelos aguardando alguma resposta ou informação que o garoto tem a oferecer.

por **Harry Winterwood** Dom Nov 03, 2013 3:23 pm

O conceito de ter um clã de bruxos como ascendentes era completamente bizarro para Harry. Seria esse então a razão da mudança de Kalos para Sinnoh? De repente, muitas coisas faziam sentido; afinal, todas as famílias do conselho tinham as criaturas místicas como patronos em seus brasões.

— Ok. Então digamos que realmente somos responsáveis para continuar a linhagem da bruxaria... Seria mesmo sensato nos expôr, como nossos familiares se expuseram, para salvá-los? Por que não manter o "negócio da família" e torcer para uma prisão perpétua e não por uma condenação à morte? Por que se formos querer contestar a decisão da Rainha, teremos sérios problemas... Somos colonos, nem deveríamos ter direitos.

Um conflito de ideias passava pela cabeça do menino. O que faria agora? Salvar o pai era o mais correto, mas não seria imprudente?
O garoto se levantou e deixou os papéis na mesa. Começou então a vasculhar uma gaveta em um velho armário até encontrar um livro pesado e empoeirado. Ele o colocou na mesa, se sentou e voltou a ler.

— Na minha mente esse "plano de resgate" é meio louco, mas se formos realmente contestar bruxaria, acho que devemos aprender a usá-la. Ou ao menos entendê-la. Algum de vocês já cogitou a ideia de ter algum parente feiticeiro?

por **Jade Sleether** Dom Nov 03, 2013 3:30 pm

— Não. — Jade achou engraçado o fato do menino querer estudar mais sobre aquilo. Não era ele que tinha negado a hipótese de praticar bruxaria?

por **Oswald Lothringer** Dom Nov 03, 2013 3:34 pm

— Sim. Por mais que o certo seja salvar nossos familiares isso não é nada seguro. Seria melhor se continuassemos fazendo as coisas do Conselho para eles, seguindo o que eles pediram.

Oswald estava perdido. Precisava salvar seu pai, mas estava longe de poder fazer isso. Ele encara Harry, observando o livro e ouvindo o que o garoto fala.

— Sinto muito, mas eu acho meio radical decidir aprender ou praticar bruxaria de uma hora para outra. Estudar o que é, tudo bem. Mas aprender não. E não, nunca imaginei bruxaria dentro de minha família. Isso é como um tabu e ninguém espera isso vindo de um membro do Conselho.

por **Julietta Seaujorn** Dom Nov 03, 2013 3:44 pm

Julietta pensou em tudo o que o garoto estava falando, mas não sabia se realmente deveria dizer o que sabia. Sua avó que era do Conselho contava muitas histórias, algumas de certo modo interessante e que diz respeito à bruxaria.

— Eu sei que minha família praticou bruxaria na antiguidade, pelo menos eu acho. Minha avó contou muitas histórias de minha bisa, ela foi uma das fundadoras da cidade, a primeira Seaujorn de todas. Eu desconfio que ela sabia como interagir com as criaturas sobrenaturais.

Julietta relembra da história e está mais convicta de que houve bruxaria na sua família. Talvez ser feiticeira não fosse má ideia, grandes poderes podem fazer a Rainha mudar de ideia.

por **Harry Winterwood** Dom Nov 03, 2013 4:21 pm

— Eu sei que é meio louco, mas se temos uma responsabilidade aqui... E se é isso que nossos ascendentes faziam no conselho.... Por que não?
As reuniões do conselho acontecem pelo menos duas vezes por semana (fora dos tempos de crise) e a cidade nem é tão grande assim pra ter tanto o que discutir. Nossos familiares foram presos por causa da exposição que as penas da lua tiveram. Só temos que ser mais... cuidadosos.

Harry não planejava usar a bruxaria para salvar o pai, mas para benefício próprio. Ter um poder desconhecido poderia ser útil.

— Acho errado manter o conselho e não continuar com os rituais... Mas se você acha mais sensato quebrar toda uma tradição milenar das nossas famílias, estragar nossa cultura e trazer desonra pra sua casa...

O garoto revirava os olhos, mas continuava a ler os livros em busca de informações úteis.

— Você... – ele olhava para Julietta – sabe se sua família realmente domava as criaturas? Se for isso, talvez tenha algo no livro que ensine sobre como fazer isso...

por **Julietta Seaujorn** Dom Nov 03, 2013 4:32 pm

Ao se aproximar do Brasão Seaujorn, Julietta retoma seus pensamento e confirma para o garoto loiro dos olhos verdes.

— Eu não deveria dizer isso a vocês mas sim, minha bisavó domava criaturas. Estão vendo o meu brasão? Ele possui pétalas avermelhadas e manchadas de branco, um caule roxo e espesso, há um tempo atrás eu descobri o que significava em um livro de botânica da minha avó.

Julietta olha fixamente no olho de todos.

— Isso é um Vileplume, como é chamada a criatura quer minha bisavó domou há uns anos atrás. Por isso meu brasão tem essa forma, acredito que seja a proteção de nossa família. Não acredito que as criaturas em seus brasões sejam apenas figurativas, deve ter alguma razão, talvez não seja só a minha avó a feiticeira.

por **Jade Sleether** Dom Nov 03, 2013 4:36 pm

Jade se perguntava como eles iriam continuar com os rituais. Talvez a única opção fosse revirar os livros daquela sala e tentar descobrir mais a respeito.

— E você sabe mais sobre outras criaturas? — Jade perguntou a Julietta. Ela parecia saber mais sobre bruxaria do que os outros, pelo visto.

por **Harry Winterwood** Dom Nov 03, 2013 4:37 pm

— Eu também estava pensando nisso... Já li sobre Sawsbucks, são criaturas que habitam as florestas. E tem uma sombra de um no brasão dos Winterwood. Na minha mente isso sempre foi apenas uma representação dos antigos deuses, que somos tão fortes quanto esses seres, mas será que é algo além disso? Será que nossos ancestrais domavam... – A palavra era um tabu, então ele demorou um pouco para pronunciá-la, e quando o fez, saiu quase como um sussurro – Pokémon?

por **Oswald Lothringer** Dom Nov 03, 2013 4:45 pm

— O problema é que se não soubermos lidar corretamente com a bruxaria isso pode ser desastroso. Precisamos realmente tomar cuidado com isso. Precisamos ver todos os efeitos para depois usar, não podemos simplesmente distribuir artigos mágicos ou lidar com criaturas só por que nossos ancestrais faziam isso.

Oswald não estava seguro em usar magia, mas notou que os outros não viam problema algum. Isso o tranquilizou um pouco, talvez se todos trabalhassem juntos eles conseguiriam fazer isso efetivamente.

— Mas, se todos acham que isso é o certo a se fazer, eu irei fazer parte do novo Conselho com vocês. Apenas repito, precisamos ser cuidadosos.

O garoto parou de falar para não interromper Julietta. Ele presta atenção em tudo que ela diz.

— É, eu acho que agora que sabemos de tudo parece que nossos ascendentes realmente eram bruxos. E o fato de sua avó contar tudo a você só prova ainda mais que as outras famílias também tinham bruxos.

Oswald se virou para Harry.

— Meu pai me contou uma história uma vez, nela falava que meu bisavô, que ajudou a fundar essa cidade, possuia laços com um ser mágico. Mas eu não acreditava muito, a história era muito falsa. Mas agora, sabendo disso tudo, parece que ele realmente domou um... pokémon.
Olhe, o brasão de minha família mostra ele. Ele parece majestoso e imponente, nunca achei que fosse real, achei que fosse só para representar o respeito que tinham por minha família em Kalos.

por **Julietta Seaujorn** Dom Nov 03, 2013 4:49 pm

— Não conheço os outros, li muito sobre Vileplumes, mas apenas...

Julietta ouve com atenção o garoto loiro e comenta sobre.

— Minha bisavó domava, isso eu tenho certeza. E se isso é possível eu topo tentar fazer o mesmo. - Julietta interrompe os pensamentos e se apresenta - Me perdoem não ter me apresentado. Sou Julietta Seaujorn, neta de Violeta Seaujorn a Botânica.

por **Jade Sleether** Dom Nov 03, 2013 4:53 pm

— Eu nunca vi problema em domar Pokémons. — Comentou Jade. Ao ouvir Julietta se apresentando, ela continuou. — Me chamo Jade Sleether.

por **Harry Winterwood** Dom Nov 03, 2013 4:54 pm

— Sou Harry, Harry Winterwood. Trabalho com meu pai na botica da cidade, aqui pertinho. Bom saber que estamos chegando a um raciocínio em comum. – Ele esboçava um sorriso ambicioso no canto da boca. – Agora só temos que estudar um pouco mais, para saber com o que estamos lidando. Sirvam-se...

O garoto apontou o armário onde retirara seu livro. Estantes e mais estantes abarrotadas de velhos tomos e relatórios.

— Encontrei esse aqui com o Sawsbuck na capa. Talvez tenha o de suas famílias aí no meio.

por **Jade Sleether** Dom Nov 03, 2013 5:10 pm

Jade escutou os outros se apresentarem e olhou para a enorme quantidade de livros.
Ela sabia que iria preferir pesquisar mais sobre a história da sua família do que ficar conversando. Por isso, logo se dirigiu a estante e começou a procurar por livros que pudessem ajudá-la.

Começou a procurar mais sobre os seus antepassados e Pokémons. Queria saber mais sobre o símbolo de seu brasão também. Até agora, só sabia que aquela criatura se chamava Noivern.

por **Oswald Lothringer** Dom Nov 03, 2013 5:30 pm

— É um prazer conhecê-los. Meu nome é Oswald Lothringer. Meu pai é, bem... Era dono de um bar aqui na cidade. Eu trabalho lá com ele faz um tempo já.

O garoto terminou de se apresentar e foi até uma estante, procurando por um livro com o mesmo desenho do seu brasão. Ele não sabia o que era aquela criatura, não sabia que tipo de poderes tinha e muito menos o seu nome. Assim que ele viu a pelagem escura e a pose imponente ele soube que era esse livro que ele procurava.

por **Julietta Seaujorn** Dom Nov 03, 2013 6:25 pm

— Minha avó deve vender as ervas medicinais pra sua família. - Julietta se dirigiu a Harry - Nunca entrei nessa sala e não sabia que haviam tantos livros aqui, se eu soubesse teria vindo aqui antes de tudo isso acontecer.

Os livros estavam todos empoeirados e Julietta tinha um certo repúdio, mas o livro avermelhado e com sombras esverdeadas a chamou a atenção. O livro era bem semelhante ao Brasão Seaujorn, porém não havia um caule, apenas as pétalas. Na capa do livro estava escrito em dourado fosco o sobrenome da família Seaujorn. Julietta não o mostra a ninguém, apenas o pega e leva até a poltrona para achar mais informações.

— Esse livro é magnífico, parece que todas as histórias que minha avó contou são verídicas e estão todas registradas aqui. Como eu nunca soube da existência dele?

"A Família Seaujorn fica lisonjeada com o seu interesse em ter conhecimento sobre nós, todo o registro neste livro foi feito por mim, Alma Seaujorn, fundadora e membro do Conselho de Verity Town."

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Julietta olha a imagem, ela nunca tinha visto uma foto de sua bisavó e fundadora da cidade com o nome Seaujorn. Ela era linda e esbelta, parecia uma rainha. Depois de virar a página ela tem uma surpresa com as palavras e a figura misteriosa.

"Aos meus dezessete anos de idade eu decidi me aventurar na floresta, para tomar um ar fresco e também para admirar a enorme variedade de espécies de Pokémons. Esse era o nome dados a todas essas criaturas mágicas que eram temidas por todos, eu não sentia medo algum.

Certo dia uma pequena e doce criatura começou a me perseguir, ela era tímida e se escondia atrás dos arbustos sempre que eu virava para procurá-la. Eu fingia que não a vi por um bom tempo até que sentei e esperei que ela viesse até mim. Ela pulava e parecia não ter medo de mim, talvez ela queria mesmo era uma companhia."

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"Descobri que tal criaturinha possuía poderes sobrenaturais, durante minhas idas até a floresta ele sempre me seguiu e me protegeu dos mais perigosos Pokémons. Certo dia eu presenciei uma coisa que nunca havia visto em toda a minha vida, uma luz forte emanava do corpinho do pequeno Pokémon que um tempo depois fiquei sabendo que era chamado de Oddish, as folhas começaram a cair e uma flor desabrochar no topo de sua cabeça, braços que antes não haviam agora eram aparentes, as pernas aumentaram o tamanho e o rosto perdeu a graciosidade, mas a personalidade do Pokémon não mudou. Foi a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida, decidi carregá-la comigo para sempre e para todo o lugar que eu fosse. Ela era digna de tal ato e eu precisava mostrar a todos como Pokémons não são a aberração do mundo de hoje."

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Julieta começa a se emocionar com o livro mas mantém toda a emoção dentro de seu corpo, não demonstra nada por ora.

"O tempo passou e a Gloom sempre esteve do meu lado, é claro que existiam uns olhos tortos na minha cidade natal mas eu nunca deixei que isso atrapalhasse a minha relação com meu Pokémon. Eu sou botânica e Gloom sempre me ajudou a criar as melhores ervas e as que tinham o melhor rendimento possível. Eu cansei de chamar ela de Gloom, então passei a chamá-la de Aura.

Os tempos foram piorando e as acusações de bruxaria começaram a tomar conta de minha cidade. Eu não tinha mais família, apenas precisava sair dali antes que algo pior me acontecesse. Ouvi dizer que quem domava as criaturas mágicas eram considerados bruxos e por isso seriam julgados por cometerem bruxaria, dependendo do nível a pena de morte era certa e eram jogados na fogueira vivos. Eu não poderia acabar desse jeito e muito menos deixaria Aura para trás, então resolvi mudar de cidade.

Foram dias de viagem. Carroças, trens e embarcações me levaram para um lugar que eu nunca havia visto antes. No navio eu conheci fugitivos e seus Pokémons, eles também não gostariam de sofrer as consequências de ser um bruxo num continente como aquele, um deles era Lothringer, um rapaz bonito e muito atraente. Ele tinha em sua companhia um Pokémon que eu nunca vira antes, o pêlo era negro e azulado com uma juba enorme e uma estrela em sua cauda. Fiquei sabendo que a espécie era conhecida como Luxray, era um Pokémon magnífico.

Sleether com seu Noivern, Winterwood com seu Sawsbuck, Overthon e sua Delphox, Halestorm e seu Weavile e inclusive Einzbern e seu Furfrou. Todos eles estavam fugindo para um outro continente, em busca de um lugar livre para viver com seus Pokémons sem a ameaça de morte. Juntos nós todos fundamos Verity Town, no início era apenas uma pequena vila, mas com o tempo a vila se tornou uma cidade. Eu tive uma filha, Violeta, a criei sozinha por toda a minha vida. Aura nunca saiu de perto de mim e sempre me apoiou em todas as iniciativas. Continuei com meu trabalho de botânica e ajudava a família Winterwood com sua botica. Aura estava se aperfeiçoando cada vez mais e me ajudando em todos os aspectos, era realmente uma companheira e eu queria que estivesse ao meu lado até os dias de hoje, mas a cavalaria chegou. Nunca havíamos recebido a visita de uma cavalaria antes e está se denominava ser da Rainha de Kalos, uma inquisidora arceica que estava queimando os corpos de bruxos e feiticeiros. Eu precisava sair de lá o quanto antes e levar Aura comigo, eu não queria o mau a ela. Precisava estar o mais segura possível.

Corro em direção à floresta com cautela para que nenhum dos cavaleiros me notem escondendo meu Pokémon. Quando estou no meio da floresta me acabo em lágrimas. Explico a Aura a situação mas ela não me entende, não entende o porque de passar tantos anos juntas e agora estar aqui pedindo para que ela vá embora. Eu não quero que ela morra, não quero morrer também, eu preciso que ela vá e prometi voltar à floresta sempre para visitá-la. Ela se encosta numa árvore e eu dou uns passos para trás com meu coração mais do que despedaçado. Lembro da última vez que a vi brilhar, agora ela estava mais radiante ainda. Suas pétalas na cabeça cresceram e sua expressão fofa e carinhosa como da primeira vez que a encontrei estava de volta, era como se eu tivesse voltando no passado e encontrado a felicidade novamente, mas tudo que eu estava fazendo é deixando-a escapar."

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"Me viro e não olho mais pra trás, nunca esperava que esse dia chegaria, que eu largaria o ser vivo que mais amo na minha vida. Aura se foi, mas eu decidi deixá-la pra sempre na minha família. Estampei o rosto em materiais metálicos da minha Vileplume num Brasão e o registrei como símbolo dos Seaujorn. Os Seaujorns são fruto de nossa vida, nossos somos as pioneiras e todos devem saber de nossa história. Como tudo isso é injusto e espero que um dia as coisas mudem e que Aura me encontre, seja onde for. Adeus!"

Não há mais como segurar as lágrimas e Julietta as libera sem esforço. Ela fecha o livro e se dirige a todos que estão ao seu redor.

— Vocês querem uma explicação? Aqui está. - Julietta relê o trecho em voz alta dizendo o nome das famílias e seus respectivos pokémons, depois o trecho onde sua bisavó se despede de Aura e o motivo - Precisamos mudar isso.

por **Oswald Lothringer** Dom Nov 03, 2013 7:26 pm

Antes mesmo que abrisse o livro referente a sua família Julietta havia lido o dela e queria mostrar aos outros o que ela tinha descoberto. Ele parou e ouviu pacientemente a história da família Seaujorn.
Ele lembrou das histórias que seu pai contava, que mesmo jovem, Matthew Lothringer já havia herdado tudo. Seus pais morreram cedo e ele era filho único. Sabia também que quando ele veio a Sinnoh ele já era noivo.

— Bem. Meu pai me contava algumas histórias com tanta conviccção e eu achava que eram inventadas apenas para me divertir, já que eu ainda era criança. Mas agora você confirma tudo isso com o livro de sua família. Eu nem sabia da existência desses seres, mas eles são reais e são ícones de nossas famílias.
O que nós acabamos de descobrir não é uma coisa simples. Mesmo que isso veio de uma maneira súbita, não é simples se acostumar com esses fatos. Domar as criaturas com certeza não é fácil e ninguém aceita isso em nossa sociedade. Mas se nossos ancestrais os domaram, eu acredito que eles não são ruins e eu concordo com você, Julietta. Precisamos mudar o jeito que as pessoas vêem os.. Pokémons. – Dessa vez Oswald falou sem medo. Ele teria que se acostumar com isso e não poderia mais ter medo. Mesmo tendo crescido sabendo que isso é um tabu, ele estava disposto a fazer algo para mudar isso agora.

por **Jade Sleether** Seg Nov 04, 2013 12:59 pm

Alguns minutos se passaram desde que Jade começou a procurar um livro que falasse sobre sua família. Não demorou muito para encontrar o que desejava.
Segurava em mãos um livro de capa escura, com detalhes em vermelho e verde. O sobrenome Sleether estava escrito ali.

Jade começou a folhear as páginas depois de assoprar a poeira do livro. Acabou por descobrir que um rapaz chamado Erik Sleether foi o primeiro de sua família. Logo na primeira página havia uma imagem do fundador.

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Jade ficou um tanto surpresa com a semelhança entre ambos, pois ela não pertencia de fato a família. Porém, ao ver que eram parecidos, a garota se sentiu um pouco mais à vontade. Tornou a ler o livro, prestando atenção na história do rapaz.

Erik havia vivido como um cigano desde sempre. Ele que originou as tradições que depois iriam se consolidar na família Sleether.
Pelo visto, ele havia perdido os pais quando criança. Isso fez com que Erik começasse a viver como um nômade, tornando-se um cigano de fato mais tarde.

Ainda quando era novo, ele havia conhecido um Noibat, que viria a se tornar um ótimo parceiro com o decorrer dos anos. Esse Noibat logo se tornou amigo de Erik e isso apenas se fortaleceu com o tempo. O garoto não conseguia entender como pessoas abominavam contato com Pokémons, pois eram criaturas incríveis.

Com o tempo, tornou-se adulto e se casou com uma dançarina. Mas os anos não trouxeram apenas coisas boas.
Erik corria um risco cada vez maior de ser caçado por bruxaria. Nisso, ele decidiu viver em outro lugar. Acabou por conhecer outras pessoas que visavam o mesmo, pessoas que eram amigas de Pokémons. O cigano se juntou com este grupo e fundou Verity Town.

Com a nova cidade construída, Erik teve a oportunidade de se despreocupar, pelo menos por um tempo. O Noibat agora havia evoluído e se tornado um Noivern, uma criatura descrita como poderosa, porém, amigável.

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Jade observou a imagem. Para ela, aquele era um Pokémon lindo.
Continuando a ler, ela descobriu que Erik teve de abandoná-lo certa noite, quando guardas reais invadiram a cidade.

Desde então, a família Sleether adotou um Noivern como símbolo de seu brasão.

Jade acabou de ler e fitou os demais na sala. Aquele livro a deixou ainda mais curiosa. Não sobre a sua família, mas sim pelos Pokémons.
Afinal de contas, não parecia ser tão difícil domar um.

por **Harry Winterwood** Seg Nov 04, 2013 1:47 pm

As horas foram passando e os jovens continuavam a estudar os livros e relatórios em busca de conhecimento sobre seus antepassados.
Harry vai até uma gaveta com a placa "Winterwood" e retira uma caixa empoeirada. Ele a abre e encontra três artefatos: Uma folha de papel envelhecida, um livro bem antigo e um cordão com um pingente de uma pedra vermelha. O último era o que chamava mais atenção: A corda do cordão era simples, um fio negro não muito grosso, mas resistente. Presa a ela estava uma liga dourada que envolvia o pingente de pedra vermelha, que possuía inscrições rúnicas.
O garoto ergueu o cordão no ar e o encarou por um tempo. Ele então levou a caixa até a mesa, colocou o cordão de volta e começou a ler o papel.

" — Caro Harry, deixo essa gaveta destrancada sempre que saio do conselho, temendo o pior. O caso das Penas da Lua saiu de controle e a inquisição pode bater à nossa porta a qualquer momento. Dentro dessa caixa você encontrará o material necessário para terminar o nosso trabalho: Vocês deverão parar com os pesadelos."

— Ei! Encontrei algo aqui... Parecem instruções! – Assim que consegue a atenção desejada, ele volta a ler, mas agora em voz alta.

" — Todos os membros do conselho deixaram caixas semelhantes à essa para seus herdeiros. Nela você encontrará uma carta (como a que você lê agora), um grimório e um cordão.
Desculpe não comentar sobre isso antes, mas acreditamos que os pesadelos não aconteçam por acaso. Encontramos uma solução provisória com as penas, mas precisamos eliminar o mal pela raiz. Somente o povo de Verity será capaz de acabar com os problemas do Novo Mundo, pois somos os únicos a possuir o conhecimento e as armas necessárias para isso.
Você deverá reunir os herdeiros do conselho e partir em uma jornada. Em seu caminho, vocês enfrentarão perigos nunca antes vistos. Criaturas mágicas estão por todos os lugares e vocês deverão domá-las ou derrotá-las. Acreditamos que a resposta para o problema dos pesadelos se encontra no topo do Monte Coronet.
Mas não será uma jornada tão simples... O topo do Monte é protegido por uma entidade lendária que só aceita os mais bravos e poderosos como visitantes. Para se provarem merecedores disso vocês deverão coletar os oito símbolos das oito bruxas que habitam os santuários perdidos em Sinnoh.
Não queria confiar uma missão tão arriscada em suas mãos, mas tempos difíceis pedem por medidas desesperadoras. Confio em você, meu filho

Ass. Franklin Winterwood"

por **Julietta Seaujorn** Seg Nov 04, 2013 4:04 pm

Julietta vê que Harry havia encontrado uma caixa com alguns objetos. Ela presta atenção no que o garoto fala, isso pode significar que tem outra caixa... a da Família Seaujorn.

Depois de uma longa procura ela encontra em uma gaveta de um criado-mudo uma caixa num tom rosa fosco, ela a abre e encontra um pingente semelhante ao de Harry, com algumas escritas desconhecidas gravadas, brilhante e num vermelho bem claro. A carta estava lacrada e Julietta já tinha em mente o que viria escrito nela, talvez o mesmo que o de Harry, ela deixaria mais tarde para lê-la. O grimório antigo tinha imagens de vários pokémons, principalmente os da família Seaujorn. Parecia uma enciclopédia dando todas as informações sobre as criaturas.

— Precisamos fazer algo. Acredito que o início de tudo é domar um pokémon.

por **Harry Winterwood** Seg Nov 04, 2013 6:07 pm

As palavras na carta chocaram Harry por um tempo. O que o colar faria? Qual seria seu significado e função?
Em questão de segundos sua pergunta seria respondida: Assim que o garoto tocou a primeira runa do círculo de símbolos na pedra, uma luz vermelha iluminou o local. Logo que o brilho se cessou, uma figura levantava na frente de Harry: Deerling. O garoto reconheceu a criatura que encontrara no livro de sua família, era a forma anterior ao Sawsbuck. Seu olhar confuso demonstrava que era apenas um bebê.
- Erm...
O garoto não sabia como reagir e apenas se afasta da criatura, colocando uma cadeira entre seu corpo o dela.

por **Oswald Lothringer** Seg Nov 04, 2013 7:21 pm

Oswald prestou atenção em tudo que Harry disse e então foi procurar a caixa destinada a ele. A encontrou em um armário, debaixo de alguns livros e papéis. A caixa estava empoeirada mas era possível ver o sobrenome do garoto escrito ali. Ele colocou a caixa sobre a mesa e a abriu.

Uma carta, provavelmente com o mesmo conteúdo da carta de Harry, por isso Oswald a ignorou. Um livro grande, com anotações de Pokémons dos mais variados tipo que o garoto nunca imaginou que existissem, ele o folheou apenas para checar o que falava, deixando-o de lado já que não entendia muito o que falava ali. E por fim havia um colar. Simples, apenas o cordão e uma pedra pendurada.

O garoto resolveu pegar o colar, querendo saber seu significado. Assim que ele tocou a pedra ela começou a brilhar. Ele a soltou de volta na mesa, com medo do que fosse acontecer. Apesar de estar disposto a lidar com bruxaria ele não estava totalmente pronto para isso. E foi então que ele viu, a prova máxima de qualquer ato de bruxaria. Um ser surgiu em meio a luz da pedra. Era um Shinx. Havia um desenho de um desses no livro que encontrou antes. É como se fosse o filho de Luxray, pokémon que representava sua família.

Oswald estava sem palavras. Ele apenas encarava a criatura que estava tão perdida quanto ele.

por **Julietta Seaujorn** Seg Nov 04, 2013 7:39 pm

Julietta se assusta com tudo o que acontece na sala. O brilho dos amuletos de Harry e de Oswald emanavam de forma cegante, rapidamente duas criaturas surgem. Julietta nunca teve um contato tão próximo com pokémons, aquela era a primeira vez.

Assim como os outros Julietta estava louca pra saber o que teria dentro de seu amuleto e assim que o toca o mesmo brilho emanou e uma criatura pequena e com folhas na cabeça surge, era o Oddish, o mesmo que estava no livro de sua bisavó. Somente uma palavra ecoava na cabeça de Julietta: Aura!

O pokémon parecia confuso assim como Julietta, mas o medo foi deixado de lado e a garota se aproxima da pequena criatura não apresentando perigo algum.

— Está tudo bem pequena. Não se assuste. - Julietta se vira para os meninos e faz uma pergunta - Como vamos sair do prédio com eles? Eles voltam pro amuleto?

por **Oswald Lothringer** Seg Nov 04, 2013 9:22 pm

— É, err... Eu não faço a mínima ideia. – Ele respondia Julietta mas não tirava os olhos do pequeno pokémon. Era muito magnífico para não observá-lo o dia todo, era muito misterioso para que não fosse decifrado.

E Oswald precisava fazer tudo isso agora. Como a garota havia perguntado, como vão sair do prédio sem eles? Apesar de ter acabado de ver o pequeno Shinx, Oswald ia se afeiçoando por ele aos poucos. Como se ele o cativasse, lentamente, com aqueles olhos mágicos. Características mágicas que agora pareciam ordinárias. A criaturinha era tão simples e quieta que era quase imperceptível.

— Eu realmente não sei. – Ele se referia diretamente a Julietta, olhando para ela enquanto fala. – Mas não podemos, de maneira alguma, deixar que descubram sobre nossos pokémon. Não quero nem pensar se algo acontecer a eles.

De repente ele se importava muito com o.. seu pokémon? Talvez seja esse o por que de estar preocupado, Oswald sentia algo entre ele e o Shinx. Não sabia o que era, não conseguia descrever. Ele se sentia responsável pelo pequeno, mesmo que não tivessem allegiance alguma. (n sei a palavra em portugues, minjuda. pode editar se souber.) Mesmo assim ele não se sentia superior, era como se fossem iguais, mesmo que um dependesse do outro.

por **Jade Sleether** Ter Nov 05, 2013 11:51 am

Jade viu os Pokémons surgindo e ficou um tanto surpresa. Não esperava por isso, pelo menos não naquele momento.
Procurou por uma gaveta com o seu sobrenome, logo encontrando o que procurava. Ela abriu a gaveta e pegou uma caixa destinada a si. Assim como o restante das caixas, haviam três objetos em seu interior.

Sabendo que o amuleto invocava um Pokémon, Jade decidiu vê-lo antes de tudo. Ao tocar na pedra, um brilho forte emanou da mesma. Assim que o brilho sumiu, era possível ver um Noibat na frente da garota.

O Noibat parecia extremamente assustado e confuso. Ele recuou quase que de imediato, dando de costas com a parede.

- Cuidado. - Jade tentou parecer calma enquanto falava com o pequeno. - Não vou fazer nada de ruim com você.

O Noibat a observou com os olhos arregalados. Jade ainda não acreditava que havia uma criatura tão fascinante ali, olhando para ela.

A única coisa que sabia era que aquele Noibat deveria ser protegido. Não poderia deixar com que levassem embora um Pokémon, ainda mais um filhote.

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